sábado, 26 de dezembro de 2009

Animais Silvestres ( Parte 2 )



E se eu quiser criar um animal silvestre? Como devo proceder?

Se você decidiu ter um animal silvestre como animal de estimação ou companhia. A decisão foi sua, porém saiba que ter um animal silvestre em casa requer responsabilidade, respeito as características comportamentais do bicho, cuidados sanitários e respeito as leis.



Se você pudesse escolher, o que escolheria: comprar um animal silvestre provindo de tráfico em uma feira, sem saber sua origem ou o quanto sofreu até chegar a você ou comprar o mesmo animal, nascido em cativeiro, cercado de todos os cuidados veterinários e que já viesse marcado, sexado, com nota fiscal e de forma legal, conforme estabelece as normas do IBAMA?


Certamente, você escolheu a segunda opção! E foi pensando nisso; no desejo que diversas pessoas têm em possuir um animal de estimação e ainda na diminuição do tráfico de animais silvestres, que o IBAMA, a partir de 1993, publicou diversas portarias e instruções normativas, com o intuito de ordenar a criação de animais silvestres em cativeiro: nasciam assim os chamados criadouros de animais silvestres.

A existência desses criadouros é previsto na Lei de Proteção a Fauna-Lei nº 5197/67, na Lei de Crimes Ambientais - Lei nº 9605/98 e no Decreto que regulamentou essa Lei, o Decreto nº 3179/99.

Os instrumentos legais que regulamentam o registro e funcionamento dos criadouros de animais silvestres, nas mais varias modalidades, além do comércio de animais nascidos nos criadouros comerciais são os seguintes:

Portaria 139/93 - Criadouros Conservacionistas. Estes criadouros têm por objetivo apoiar as ações do IBAMA e dos demais órgãos ambientais envolvidos na conservação das espécies, auxiliando a manutenção de animais silvestres em condições adequadas de cativeiro e dando subsídios no desenvolvimento de estudos sobre sua biologia e reprodução. Nesta categoria, os animais não podem ser vendidos ou doados, apenas intercambiados com outros criadouros e zoológicos para fins de reprodução.

Portaria 118/97 - Criadouros Comerciais. Têm por objetivo, a produção das espécies para fins de comercio, seja do próprio animal ou de seus produtos e subprodutos.
Portaria 102/98 - Criadouros Comerciais da Fauna Exótica. Regulamenta a criação de animais exóticos, ou seja, animais provenientes de outros países. Ex: javalis

Portaria 016/94 - Criadouros Científicos. Regulamenta as atividades de pesquisas científicas com animais silvestres. Só podem obter esse registro, Órgãos ou Instituições devidamente reconhecidas pelo Poder Público, como Universidades e Centros de Pesquisa, por exemplo.

Portaria 117/97 - Normaliza a comercialização de animais vivos, abatidos, partes e produtos da fauna silvestre brasileira provenientes de criadouros com finalidade econômica e industrial e, em caráter excepcional, de jardins zoológicos registrados junto ao IBAMA.

Instrução Normativa 001/99 - Estabelece os critérios para o Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades que envolvam manejo da fauna silvestre exótica e de fauna silvestre brasileira em cativeiro.

Existem ainda, outras portarias que regulamentam a criação comercial de espécies específicas, como as tartarugas e os jacarés, algumas disponíveis em nosso site e todas disponíveis nas Unidades do IBAMA.

Para obter informações sobre os criadouros já existentes, o interessado deve procurar o Setor de Fauna do Estado em que reside ou o IBAMA em Brasília (difas@sede.ibama.gov.br), para obter informações em nível nacional. Abaixo listamos o telefones dos Núcleos de Fauna das Representações do IBAMA nos Estados:

Acre: (0xx68) 226-3212
Alagoas: (0xx82) 241-1600
Amapá: (0xx96) 214-1100
Amazonas: (0xx92) 613-3277
Bahia: (0xx71) 345-7322
Ceará: (0xx85) 272-1600
Brasília: (0xx61) 316-1172
Espírito Santo: (0xx27)324-1811
Goiás: (0xx62) 224-2488
Maranhão: (0xx98) 231-3010
Mato Grosso: (0xx65) 644-1452
Mato Grosso do Sul: (0xx67) 728-1802
Minas Gerais: (0xx31) 299-0740
Pará: (0xx91)224-5899
Paraíba: (0xx83) 245-2551
Paraná: (0xx41) 322-5125
Pernambuco: (0xx81)441-5075
Piauí: (0xx86)233-3369
Rio de Janeiro: (0xx21)506-1802
Rio Grande do Norte: (0xx84) 201-4335
Rio Grande do Sul: (0xx51)226-0002
Rondônia: (0xx69) 223-3597
Roraima: (0xx95) 623-9513
Santa Catarina: (0xx48) 234-0021
São Paulo: (0xx11) 223-3465
Sergipe: (0xx79) 211-1573
Tocantins: (0xx63) 215-3879

O IBAMA conta com a sua colaboração!
Ajude o Brasil a dizer não ao tráfico de animais silvestres.
Se decidir ter um animal silvestre como animal de estimação, não compre animais de criadouros ilegais e não adquira animais provenientes do tráfico e do comércio clandestino.


Fonte da pesquisa:http://www.saudeanimal.com.br

E continua no próximo post a terceira parte desse tema Animais Silvestres...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Animais Silvestres ( Parte 1)

Você sabia que o Brasil é um dos países do mundo que mais exporta animais silvestres ilegalmente? É um negócio que movimenta mais de 1 bilhão de dólares e comercializa cerca de 12 milhões de animais anualmente. Uma das maiores ameaças à natureza.



MAS O QUE É UM ANIMAL SILVESTRE?

Papagaios, jabutís, araras, macacos, passarinhos, onças e muitos outros que vivem nas matas são considerados animais silvestres.
Animal silvestre não é o doméstico. O doméstico já está acostumado a viver perto das pessoas, como os gatos, cachorros, galinhas e porcos, entre outros. Já o animal silvestre foi tirado da natureza e reage à presença do ser humano. Por essa razão, tem dificuldades para crescer e se reproduzir em cativeiro.

O QUE É O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES?

Tráfico é o comércio ilegal. Traficar animais significa capturá-los na natureza, prendê-los e vendê-los com o objetivo de ganhar dinheiro. O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. O Brasil é um dos principais alvos dos traficantes devido a sua imensa diversidade de peixes, aves, insetos, mamíferos, répteis, anfíbios e outros.As condições de transporte são péssimas. Muitos morrem antes de chegar ao seu destino final.
Filhotes são retirados das matas, atravessam as fronteiras escondidos nas bagagens de contrabandistas para serem vendidos como mercadoria.
Todos os anos mais de 38 milhões de animais selvagens são retirados ilegalmente de seu hábitat no país, sendo 40% exportados, segundo relatório da Polícia Federal.

COMO FUNCIONA O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES?

O tráfico interno é praticado por caminhoneiros, motoristas de ônibus e viajantes. Já o esquema internacional, envolve grande número de pessoas.
Os animais são capturados ou caçados no Norte, Nordeste e Pantanal, geralmente por pessoas muito pobres, passam por vários intermediários e são vendidos principalmente no eixo Rio-São Paulo ou exportados.

O QUE O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES TEM A VER COMIGO?

Todos os seres vivos dependem da natureza para sobreviver, pois é dela que obtemos desde alimentos até remédios. Os animais são parte fundamental da cadeia. Se forem extintos ou se tornarem raros, comprometem todo o equilíbrio da natureza.

VOCÊ SABIA QUE OS TRAFICANTES MUTILAM OS ANIMAIS
?

Alguns traficantes costumam rodar os micos pelo rabo para que eles fiquem tontos e passem ao comprador a imagem de que são animais mansos. Muitos cegam os pássaros e cortam as suas asas para que eles não fujam e arrancam os dentes e serram as garras dos animais para que eles se tornem menos perigosos.

QUAIS SÃO OS ANIMAIS MAIS VENDIDOS?

O papagaio é a ave mais vendida no Brasil e no exterior. Depois dele vêm as araras, os periquitos, micos, tartarugas e tucanos.

POR QUE (MESMO TRATANDO BEM) NÃO DEVEMOS TER ANIMAIS SILVESTRES EM CASA?

Cuidar de animais silvestres em casa pode parecer uma forma de amar a natureza, mas não é. Lugar de bicho é em seu habitat natural, e não nas cidades. Quem realmente gosta dos animais vai querer que eles fiquem onde se sintam mais felizes.

O QUE FAZER AO ENCONTRAR ALGUÉM VENDENDO ANIMAIS SILVESTRES?

Primeiro, certifique-se de que os animais que estão sendo vendidos são silvestres e pertencem à fauna brasileira. Se presenciar a venda na feira livre ou depósito de tráfico, avise a polícia. Informe dados precisos da ocorrência.
Denúncias ao IBAMA através da Linha Verde Tel. 0800 61 8080.
Se te oferecem um animal na beira da estrada, não compre e repreenda o vendedor dizendo que isso é crime e que ele procure outra atividade que não lhe cause problemas com a lei.


O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR A COMBATER O TRÁFICO?

Não compre animais silvestres. Ter espécie nativa em cativeiro, sem comprovação da origem do animal, é crime previsto em lei.
Cada indivíduo capturado faz falta ao ambiente e também os descendentes que ele deixa de ter.
Também não compre artesanatos feitos com partes de animais, como penas coloridas.


*PENSE NISTO:

Os pássaros nascem para ser livres e não presos ao stress e tédio do restrito espaço de uma gaiola. Afinal para que foram feitas as asas dos pássaros ?

O animal que vive preso, perde a capacidade de sobreviver e se defender sozinho e não pode ser solto na natureza sem o acompanhamento de um especialista.

Quando decidir ter um animal de estimação, lembre-se que existem milhares de cães e gatos abandonados aguardando a chance de uma adoção. Consulte a prefeitura da sua cidade ou entidades de proteção animal.

Somente a conscientização da população poderá desestimular este comércio ilegal e proteger o direito à vida e liberdade dos animais.

Vamos combater o tráfico de animais silvestres.

Fontes da pesquisa: http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/animais_silvestres/

http://www.natureba.com.br/trafico-animais-silvestres.htm


CONTINUA NO PRÓXIMO POST...



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Animais empalhados: a técnica da conservação



A primeira imagem representa o processo inicial do empalhamento chamado também de Taxidermia. As imagens seguintes representam o processo final quando enfim os animais já foram empalhados.

Taxidermia


Taxidermia (termo Grego que siginifica "dar forma à pele") é a arte de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo. É a técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanho dos animais (Hidasi Filho, J., 1976).

É usada para a criação de coleção científica ou para fins de exposição, vem como uma importante ferramenta nesse processo conservacionistas, trazendo também uma alternativa de lazer e cultura para a sociedade e como principal objetivo, o resgate de espécimes descartados, reconstituindo suas características físicas e, às vezes, simulando seu habitat, o mais fielmente possível para que possam ser usados como ferramentas para educação ambiental ou como material didático.

É um procedimento exercido por biólogos, que envolve conhecimentos de diversas áreas além da Biologia, como: Química, Anatomia, Comportamento, Ecologia, Artes Plásticas, entre outras. É uma técnica aplicada somente em animais vertebrados e seus registros mais antigos remontam ao império egípcio, a cerca de 2.500 a.C.

Popularmente o termo "empalhar” já foi usado como sinônimo de “taxidermizar” entretanto há muito tempo não se usam mais os rústicos manequins de palha e barro para substituir o corpo dos animais.

A Taxidermia atende a diferentes públicos como donos de animais domésticos, pescadores e caçadores desportistas, criadouros de animais comerciais, bem como museus de história natural, entidades conservacionista, zoológicos, universidades e mais recentemente o teatro e a televisão.

Na preparação de animais para taxidermia, são usadas diversas técnicas como, preparação de esqueleto, preparação de pele cheia, montagem em série, montagem para exposição, preparação de pele em curtume, diafanização, infiltração em parafina, fixação e montagem de coleção de insetos de várias espécies.

Fonte de pesquisa:http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxidermia


Ornitorrinco taxidermizado no Museu de História Natural de Londres.


O que voce acha da ideia de empalhar seu animal de estimação após sua morte?

Na minha opinião não acho um a boa idéia. É muito bonitinho para os museus mas para um dono que conviveu com seu animal de estimação por algum tempo, vivo ao seu lado, empalhá-lo seria prorrogar o sofrimento da pessoa, pois o animal seria uma estátua mas uma estátua real, tão real que chega a ser torturante. Eu particulamente não faria isso. O que fiz com animais meus que morreram foi o que se fazem com os seres humanos quando morrem, enterram no cemitério. Foi o que fiz. Se tiverem alguma objeção à respeito é só deixar no comentário. Adoraria saber o que vocês pensam à respeito.

sábado, 5 de dezembro de 2009

NÃO ABANDONE SEU ANIMAL!!!



Fonte das imagens baixadas: www.wecare4animals.blogspot.com
As fotos são desse blog que pelo o que eu pude ver é de Portugal, entretanto quem me mandou as imagens por e-mail foi o pessoal do GPA e pediu que fosse divulgado. Dever cumprido. Foi divulgada as imagens. No próximo post divulgo as outras. Agora vamos a postagem de hoje...

Seja solidário, seja voluntário:

Milhões de animais brasileiros diariamente são vítimas de abandono, maus-tratos, caçadas ilegais e muitos outros problemas provenientes da falta de conhecimento e de fiscalização adequados.

A sociedade civil organizada tenta sanar essas situações das mais diversas maneiras, desenvolvendo ações de resgate, conscientização, educação e tantas outras. Para que essas iniciativas possam continuar, só falta você.

Dicas para ser um voluntário:

  • Todos podem ser voluntários. Não é só quem é especialista em alguma coisa que pode ser voluntário. Todas as pessoas são aptas a ajudar.
  • Trabalho voluntário é uma via de mão dupla. O voluntário doa sua energia, tempo e criatividade, mas ganha em troca novas experiências, contato humano e/ou animal, oportunidade de aprender coisas diferentes, e a satisfação de se sentir útil.
  • Voluntariado é ação. Quem quer, faz. Não há hierarquia de atividades. As formas de ação são tão variadas quanto as necessidades a que atendem e a criatividade do voluntário.
  • Cada um é voluntário do seu jeito. Não há fórmulas nem modelos a serem seguidos. Alguns sabem exatamente onde ou com o que querem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente.
  • Voluntariado é compromisso. Uns têm mais tempo livre, outros menos. Cada um contribui na medida de suas possibilidades, mas cada compromisso assumido é para ser cumprido.
  • Voluntariado é qualidade. Sua função não é tapar buracos. A ação voluntária é uma importante qualidade cívica e contribui para melhorar a qualidade de vida da comunidade e dos animais.
  • Depende de você. Conheça como a organização funciona e perceba o que ela necessita, talvez você possa sugerir e executar atividades muito úteis: organizar uma feirinha, fazer um blog, dar uma palestra, são várias as opções.
  • Seja humilde. O fato de você estar ajudando os outros não significa que o seu trabalho não possa ser criticado. O voluntariado exige comprometimento e responsabilidade, e não desanime se nem todos vibrarem com o seu trabalho: os animais agradecem.
  • Persista, não desista! A maioria das organizações de proteção animal no Brasil ainda são muito pequenas e não têm programas de voluntariado formalmente estruturados. Se não der certo com a primeira entidade, tente outra vez: a sua ajuda pode ser muito valiosa em outros lugares.

"Amigo é quem te socorre... Não quem tem pena de ti."

"Adote um bicho de rua, salve uma vida!"


*DENUNCIE:

CHEGA DE CRUELDADE CONTRA OS ANIMAIS! Maus-tratos contra animais é CRIME previsto na Lei Federal 9605/98. A pena varia de três meses a um ano de detenção (podendo ser aumentada de 1/6 a 1/3 em caso de morte do animal) e multa.

Se houver emergência ou flagrante, ligue 190.

Se não houver flagrante, registre a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil ou na Unidade da Brigada Militar mais próxima do local do crime.

Faça a sua parte!

Eu estou fazendo a minha e continuarei fazendo!!!


Eles agradecerão a sua ajuda e o seu apoio!!!